Niquelândia/Brasília

Empresário foragido após fraude de R$ 1 bilhão no transporte público do DF é preso pelo GPT em Niquelândia

Ronaldo de Oliveira, de 45 anos, era dirigente de uma cooperativa que, juntamente com dirigentes de entidades semelhantes, gerava créditos fraudulentos do Passe Livre, fazendo com que a extinta DF Trans pagasse por viagens que nunca ocorreram no transporte coletivo da capital federal

Foragido desde novembro do ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) deliberou por sua prisão, o empresário Ronaldo de Oliveira, de 45 anos, foi capturado na manhã desta segunda-feira (12) em Niquelândia pelo Grupo de Patrulhamento Tático da Polícia Militar (PM). Ele foi localizado na Avenida do Contorno, no Bairro Boa Vista.

De acordo com a ocorrência registrada pelos militares na Delegacia da Polícia Civil, o indivíduo responde processos por crimes contra a Administração Pública e envolvimento em organização criminosa em fraudes de R$ 1 bilhão contra a extinta DF Trans, em Brasília.

Ronaldo de Oliveira foi localizado Niquelândia pelo GPT após o Comando de Operações de Divisas (COD) Norte apurar que o fraudador estava escondido na cidade do Norte do Estado.

A partir dessa informação, a PM local realizou patrulhamentos em diversos povoados do município sobretudo na região do Buriti Alto – distante 270 quilômetros da área urbana de Niquelândia – após rumores de que Ronaldo teria construído um posto de gasolina em Mimoso de Goiás [que faz divisa com Niquelândia pelo Buriti Alto], onde estaria residindo também.

A partir de Mimoso, cidade próxima a Padre Bernardo, o empresário poderia fugir facilmente para outros Estados.

Na sequência, novos indícios apontaram o possível esconderijo numa chácara da região da Água Parada, inclusive a informação de que o fugitivo do DF estava numa picape Toyota Hilux, de cor vermelha.

Nesta segunda-feira/12, a caminhonete com as mesmas características foi avistada pelo GPT no Bairro Boa Vista, ficando constatado que seu condutor era realmente Ronaldo de Oliveira, sendo assim cumprido o mandado de prisão expedido pelo STF.

ENTENDA O CASO – Em 2018, a Operação Trickster da Polícia Civil do DF apurou a existência da fraude bilionária no sistema de bilhetagem eletrônica no transporte coletivo da capital federal.

Na denúncia oferecida pelo Ministério Público do DF, o homem preso em Niquelândia é acusado por 18 crimes de corrupção. Ronaldo era dirigente de uma cooperativa que, juntamente com dirigentes de entidades semelhantes, gerava créditos fraudulentos do Passe Livre, fazendo com que a DF Trans pagasse por viagens que nunca ocorreram.

Em função das investigações, o Governo do Distrito Federal (GDF) extinguiu o DF Trans e, em julho de 2019, o sistema de bilhetagem eletrônica passou a ser operado pelo Banco de Brasília (BRB).

Depois das providências legais, Ronaldo foi encaminhado à Unidade Prisional de Niquelândia (UPN) no Bairro Santa Efigênia, onde aguardará para ser recambiado à Brasília pela Polícia Civil do DF.

Portal Metrópolis, do Distrito Federal, estampou foto de Ronaldo de Oliveira em novembro de 2019 como procurado pela Justiça após ser indiciado pelas fraudes no Passe Livre da extinta DF Trans [Foto: Captura de Tela/Divulgação PM Niquelândia]

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