Porangatu

Polícia Técnico-Cientifíca de Porangatu conclui que adolescente de 14 anos foi vítima de afogamento acidental em Formoso

Com base no laudo cadavérico, delegado-titular da 12ª DRP de Porangatu descartou, nesta sexta-feira/9, o envolvimento de três adolescentes na morte de Cássio Gabriel da Silva Filho: corpo ficou quase dois dias submerso num clube de Formoso até ser achado no dia 19 de julho

A Polícia Técnico-Científica de Porangatu concluiu nesta quinta-feira/8 que o adolescente Cássio Gabriel Gomes da Silva Filho, de 14 anos, foi vítima de morte acidental por afogamento no Clube Municipal Cachoeira, em Formoso, na segunda quinzena de julho.

Por isso, com base no laudo cadavérico, a 12ª Delegacia Regional da Polícia Civil (12ª DRP) de Porangatu descartou a hipótese de que o adolescente pudesse ter sido assassinado por outros três adolescentes – de 15, 16 e 17 anos – que foram com Cássio até o local no dia 17 de julho por conta do calor, onde consumiram bebidas alcóolicas.

“Como haviam algumas lesões também no corpo (da vítima fatal), cogitamos que ele pudesse ter desfalecido após receber alguma pancada, caído no rio e se afogado em seguida. Mas o laudo cadavérico foi conclusivo em afirmar que a morte se deu realmente por afogamento; e que as lesões achadas no corpo eram decorrentes do tempo que o corpo permaneceu no rio, em contato com alguma pedra, em meio à correnteza”, afirmou o delegado-titular da 12ª DRP, Stanislao Mont’Serrat Garcia Neves, em entrevista por telefone ao Excelência Notícias na manhã desta sexta-feira/9.

Após o desaparecimento repentino, o corpo de Cássio foi achado no dia 19 de julho às margens do Rio Formoso, que corta a cidade de 4,6 mil habitantes localizada entre Santa Tereza de Goiás e Campinaçu. Ele foi sepultado no dia seguinte, em Mutunópolis.

Corpo de Cássio fora encontrado nesse local em Formoso, no dia 19 de julho [Foto: Divulgação/PC]
Na ocasião, os três adolescentes foram localizados pela PM de Formoso ainda na noite do dia 17. Inicialmente, eles relataram que Cássio havia no campo de futebol da Praça das Mães. Sem conseguir confirmar a informação, os militares acionaram o Conselho Tutelar para acompanhar o caso, desde então.

Já na presença do conselheiro tutelares da cidade, os três menores negaram que tivesse ocorrido qualquer tipo de desentendimento entre eles com Cássio Gabriel, negando também a possibilidade de que o adolescente pudesse ter se afogado horas antes, naquele dia.

Clube da Cachoeira em Formoso, onde o adolescente morreu acidentalmente por afogamento, fica às margens da rodovia GO-241 na direção de Campinaçu [Foto: Reprodução/Internet]
Porém, o adolescente de 17 anos acabou dizendo que Cássio realmente havia desaparecido nas águas do Rio Formoso; e que ele próprio teria efetuado uma busca, sem encontrar o colega. Tal versão fora confirmada pelos outros dois adolescentes, de 15 e 16 anos.

“Isso nos causou dúvidas, por tratar-se de uma situação fantasiosa. Porém, nós (da PC) supomos que –  justamente pelo fato de serem adolescentes – houve aquele medo de serem responsabilizados pelos pais por estarem fazendo coisas erradas, como estar bebendo e estar na beira do rio. Eles não desceram o rio para procurar o menino (Cássio Gabriel), o que também nem deveriam fazer (para evitar que também se afogassem) já que a mistura de bebida alcóolica com água corrente é fatal. Tomamos os depoimentos de todos e não nos restou nenhuma suspeita de algo diferente de uma morte acidental por afogamento, mesmo”, completou o delegado-regional de Porangatu.

Ainda de acordo com a autoridade policial, a Polícia Civil está na busca de informações para identificar a pessoa que vendeu as bebidas alcóolicas para os quatro menores de 18 anos em Formoso, no dia em que se deu o afogamento de Cássio, o que é proibido segundo o artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA.

Cássio Gabriel passava as férias escolares de julho com a mãe em Formoso, quando ocorreu tragédia [Foto: Arquivo de Família]

 

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