Coronavírus

Goianésia confirma oitavo caso de Covid-19, mas Saúde omite dados sobre contaminação de infectados

Jaldene Nunes* - Especial para o Portal Excelência Notícias

A imprensa de Goianésia segue sem obter maiores informações sobre pacientes, mesmo que curados, acometidos com COVID-19.

A cidade agora possuí oito casos confirmados, de acordo com o último Boletim Epidemiológico, divulgado no fim da tarde dessa quarta-feira (8) pela administração do prefeito Renato de Castro (MDB).

Para se ter uma ideia da gravidade da situação, Goianésia já é a quarta cidade do Estado de Goiás com maior número de casos de contaminação pelo novo coronavírus.

Considerada a população local – de cerca de 70 mil habitantes – Goianésia é a primeira colocada nesse ranking, em números proporcionais.

Repórteres trabalham com dados e, para obtê-los, perguntam. Sim, repórteres são seres que perguntam.

Informações para a imprensa não devem ser omitidas. É um erro do poder público quando assim o faz.

Para fins de estatística, repórteres perguntam: “Qual a origem dos pacientes?” – “Que bairros eles moram?” – “E as profissões deles?” –  “Idades?” – “Tinham quais comorbidades (complicações)?” – “Viajaram antes?” – “Para onde?”“Para o exterior ou para algum outro Estado?”, dentre outras questões.

Eis que uma fonte da Prefeitura de Goianésia responde: “Esse tipo de informação não passamos”.

HISHAM HAMIDA – Máscara que protege secretário da Saúde contra o coronavírus também “resguarda” titular da pasta da possibilidade de abrir maior diálogo com a imprensa de Goianésia e região [Foto: Vale TV/Goianésia – Reprodução]
Mas, sabemos: outras cidades passam tais dados, que não dizem respeito a um paciente, mas ao coletivo deles. Não é informação individual, que possa identificar o (a) paciente, submetendo-o (a) a qualquer tipo de constrangimento público.

Para fins de estatística – até para que a população possa ter ideia da evolução da doença – tais informações, se divulgadas, não prejudicam em nada a imagem de um ou de outro paciente acometido pela COVID-19.

Mas a resposta é: “Quando fizermos os levantamentos estatísticos divulgaremos nos meios de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde”.

No final da tarde de hoje, o Portal Goiás Total  – também de Goianésia, mantido pelo jornalista Anderson Alcântara – publicou uma entrevista [leia mais] com o titular da pasta da Saúde, Hisham Hamida.

Além das perguntas terem sido enviadas previamente – no dia anterior, por escrito – as respostas evasivas do secretário nada acrescentaram ao (pouco) que já sabemos sobre a realidade da proliferação da Covid-19, em Goianésia.

A outra pergunta que este repórter faz é: “Quando?”. Ou melhor: “Até quando?”

*Jaldene Nunes – correspondente do Portal Excelência Notícias em Goianésia – é produtor da Vale TV (Goianésia) e fundador/editor do Goianésia Hoje, 1o jornal digital de Goianésia.

SILÊNCIO SEPULCRAL – José Teles Pacheco, diretor da Vigilância Epidemiológica de Goianésia, é outro nome da Saúde na administração do prefeito Renato de Castro que se mostra pouco solícito às demandas da imprensa da cidade e da região sobre o avanço do novo coronavírus na cidade [Foto: Vale TV- Goianésia/Reprodução]

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