Niquelândia

Sintego exige janeiro e fevereiro integral em contraproposta

Fracionamento dos demais atrasados será aceito em número de parcelas menor que as ofertadas pelo prefeito Valdeto Ferreira

A presidente da regional Uruaçu do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Maria Geralda Ferreira, apresenta nesta quarta-feira (4) à Prefeitura de Niquelândia, a contraproposta deliberada em nova assembleia da categoria no início da noite da terça-feira (3). Apesar da disposição em negociar com o prefeito Valdeto Ferreira (PSB), que havia formalizado proposta inicial na segunda-feira (2) aos profissionais da Educação do município, a entidade sindical deixou bem claro que a categoria poderá entrar em estado de greve a partir da quinta-feira (12).

O prazo legal para o município responder ao Sintego se aceita ou não a contraproposta é de cinco dias úteis, encerrando-se na próxima quarta-feira, dia 11. Até lá, alunos matriculados nas escolas municipais terão aula normalmente.

Novamente, o Portal Excelência Notícias (EXN) – em fase final de implantação – acompanhou a assembleia do Sintego com exclusividade.  Na véspera, o Poder Executivo havia oferecido que o pagamento do mês de março, encerrado na última semana, fosse creditado nas contas bancárias até o próximo dia 15.

A contraproposta do Sintego, conforme o EXN apurou, exige que o mês de dezembro/17; a parcela de restante do 13º salário do ano passado; e o mês de janeiro/18 sejam pagos de maneira integral, até o dia 30 de abril. Na proposta inicial da prefeitura, não há previsão de liquidar duas folhas do pagamento da Educação de uma única vez.

Ainda de acordo com Maria Geralda, também no documento a ser enviado ao Executivo, constará proposta de parcelamento dos meses de fevereiro e março em duas vezes (em maio, junto com o pagamento integral de abril; e em junho, junto com o pagamento integral de maio) para os servidores administrativos das escolas, que possuem rendimentos menores.

Para os professores com renda até R$ 6.000,00 a contraposta do Sintego é que o Poder Executivo pague os meses de fevereiro e março em quatro vezes (encerrando em agosto, com o pagamento integral de julho); e em seis vezes para educadores com salário acima de R$ 6.000,00 (encerrando em outubro, com o pagamento integral de setembro). A proposta inicial do Poder Executivo pretendia quitar os atrasados de 2017 e de 2018 em seis parcelas, sem fazer qualquer distinção entre professores e pessoal administrativo.

Por fim, com relação ao saldo devedor do município para com a Educação referente ao ano de 2016, o Sintego estabeleceu em assembleia que o parcelamento poderá ser aceito somente em até seis parcelas com o pagamento da primeira parcela iniciando-se a partir de outubro (junto com o pagamento de setembro/18), quando se prevê – ao menos no papel – que o Poder Executivo liquide os parcelamentos de 2017 e de 2018. Isso, evidentemente, caso a contraproposta do Sintego seja aprovada pela municipalidade.

Sobre as pendências de 2016, o prefeito Valdeto Ferreira havia proposto parcelamento em 12 vezes aos educadores. Na assembleia do Sintego, os educadores também aprovaram que, no documento da contraposta, Maria Geralda faça constar que a Educação somente discutirá um plano de reposição de aulas aos alunos da rede municipal mediante o pagamento integral de todos os valores devidos, fixados no eventual acordo; e que também não haja corte do ponto dos salários dos professores nos dias em que houve recentes paralisações de aulas para forçar à abertura das negociações.

PLANILHA

Nas mãos de Maria Geralda, estava uma planilha sem o timbre oficial/brasão da Poder Executivo sob o título “Folhas de Pagamento da Educação”, com um carimbo onde era possível ler a inscrição “Prefeitura Municipal de Niquelândia/Departamento de Recursos Humanos, conseguido na tarde da terça-feira (3) após muita insistência, segundo a presidente do Sintego. Na assembleia, Maria Geralda detalhou os valores constantes nessa planilha onde consta que o município precisaria liquidar exatamente R$ 6.108.308,76 em atrasados com educadores e pessoal administrativo, referentes aos meses de dezembro/17 (R$ 752.602,63); de janeiro/18 (R$ 1.739.557,34); de fevereiro/18 (R$ 1.786.794,93); e de março/18 (R$ 1.827.363,86). A sindicalista forneceu uma cópia desse demonstrativo informal à redação do EXN.

Veja também

Botão Voltar ao topo