Niquelândia

Amarildo Mulinari prepara o lançamento de seu 9º livro, “Redescobrindo Niquelândia”

Ex-vereador, radialista e historiador capixaba, há 35 anos em Niquelândia, promete obra com acabamento de alto padrão: objetivo é homenagear personalidades em geral que contribuem e contribuíram para o desenvolvimento da cidade do Norte do Estado

Autor de Redescobrindo Niquelândia 1 – livro sobre a árvore genealógica das famílias tradicionais da cidade do Norte do Estado, que ganhou sua primeira edição em 2002 – o escritor Amarildo Cláudio Mulinari esteve na redação do Portal Excelência Notícias na última semana para divulgar as etapas de preparação de Redescobrindo Niquelândia 3.

Previsto para ser lançado no início do segundo semestre deste ano, o livro será o 9º trabalho da profícua carreira literária desse talentoso contador de histórias, que se notabilizou como radialista de causas e causos populares nos programas que apresentou.

O livro terá de 300 a 400 páginas – contemplando biografias de pelo menos 200 figuras públicas, que se destacaram em diferentes áreas de atividades e do conhecimento – dentre eles profissionais liberais e personalidades em geral (como médicos; advogados, dentistas; psicólogas; fisioterapeutas; políticos; comerciantes; e educadores; dentre outros).

Além de expor a história de vida desse notáveis, o autor pretende contextualizar os fatos narrados estabelecendo conexões do momento atual com fatos marcantes em 2002, quando lançou o primeiro livro da série.

“Redescobrindo Niquelândia”, de Amarildo Mulinari, teve duas edições publicadas, em 2002 e em 2007: agora, escritor prepara a terceira edição da saga sobre as personalidades da cidade [Foto: Divulgação]
MEMÓRIA PRESERVADA – “Muitas pessoas passaram por aqui, seja no meio político, no meio social, no meio cultural. Novas personalidades surgiram, enquanto outras partiram (faleceram). Todas elas – cada uma com a contribuição que deram para o desenvolvimento de Niquelândia – precisam ter as suas memórias resgatadas para que se faça justiça com o legado que deixaram; e também para essas pessoas não caiam no esquecimento das nossas gerações futuras”, afirmou Amarildo.

PERFIL – Nascido em Colatina (ES), o capixaba Amarildo Mulinari está atualmente com 57 anos de idade. Ele adotou Niquelândia como sua morada há exatos 35 anos – aos 22, ainda muito jovem – exatamente em 1985 no ano em que a cidade do Norte do Estado completava 250 anos de fundação.

Tamanho sucesso também lhe rendeu um mandato de vereador na Câmara Municipal de Niquelândia, entre 2013 e 2016. Mas, ao final desse período, preferiu não se candidatar a reeleição e retomou seus esforços à arte que mais gosta de fazer: comunicar-se com as pessoas, por ser um profundo conhecedor das peculiaridades de diversos personagens da extensa zona rural do município.

Um exemplo nesse sentido, que Amarildo resgatou ao Portal Excelência Notícias, é a história de Severino Zelo Patrício. Ele trabalhava na extinta Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) e ficou popularmente conhecido como Severino da Sucam por sua atividade no controle de endemias pelo Ministério da Saúde.

“Há 35 anos – aqui em Niquelândia, numa comunidade de garimpo de difícil acesso – as pessoas estavam morrendo de maleita; e ele (Severino) as salvava, levando comprimidos, a cavalo”, resgatou Amarildo.

A exemplo de Severino da Sucam, Amarildo Mulinari também fez boas referências históricas a Denir Dias da Rocha, que é pai do vereador e atual presidente da Câmara Municipal de Niquelândia, Léo Ferreira (PSB).

Naquela mesma época, segundo o escritor, Denir Rocha também salvava vidas, superando dificuldades de acesso ao distante Povoado de Machadinho.

Em 2010, Amarildo publicou “No Fundo do Baú” sobre a história da música sertaneja no Brasil num amplo contexto que envolveu resgate de momentos da Segunda Guerra Mundial [Foto: Divulgação]
Dois falecidos médicos, que eram muito queridos pelos niquelandenses – caso Antonio Tito Castelo Branco e Luiz Gonzaga Arruda, este último fundador do Hospital Santa Marta – foram citados por Amarildo Mulinari como exemplos de perfis que em muito contribuíram para o avanço da Medicina na cidade do Norte.

Luiz Gonzaga Arruda, vale salientar, foi médico-pioneiro em Niquelândia, juntamente com sua esposa e também médica Sônia Arruda.

COMO ESTÁ O PROJETO – Com apenas 15 dias de visitas e contatos telefônicos, Amarildo Mulinari já conseguiu a adesão de mais de 100 nomes à execução do livro Redescobrindo Niquelândia 3. Porém, dado o interesse manifestado pelos consultados, ele não descarta a possibilidade de biografar um total de 200 pessoas na nova obra.

“Felizmente, a procura está muito grande. Estamos buscando as pessoas certas – que realmente mereçam serem contempladas nesta obra, independentemente de sua classe social – mas levando em conta as histórias que eles têm ou deixaram para contar”, afirmou.

A expectativa é de que a obra fique pronta até julho deste ano, quando será feito o lançamento. Amarildo Mulinari diz que, para tanto, o trabalho é feito envolvendo diversos profissionais e etapas, o que engloba atividades de pesquisa de campo, redação e diagramação; impressão com materiais de qualidade, com encadernação capa-dura; e organização de um coquetel.

AS OBRAS QUE AMARILDO ESCREVEU – Com pequenas tiragens – em média, de 1.000 exemplares – Amarildo Mulinari já escreveu e publicou oito livros, todos muito disputados em Niquelândia por seu público-leitor. Algumas de suas obras que mais se destacam são:

1985 – Publicou seu primeiro livro – Peregrinos do Amor – um compilado de poesias, em coautoria com o seu irmão Amarino, quando chegaram a Niquelândia.

2002 – É lançado o segundo livro de Amarildo: fruto de longa pesquisa, publicou Redescobrindo Niquelândia 1. Em 600 páginas, Amarildo detalhou as árvores genealógicas das principais famílias de Niquelândia.

No ano passado, Amarildo viajou ao Espirito Santo, Estado onde nasceu, para contar a história da Imigração Italiana entre a população capixaba [Foto: Divulgação]
2007 – A saga teve continuidade com Redescobrindo Niquelândia 2, seu terceiro livro, com 600 páginas. A obra foi uma atualização do Redescobrindo Niquelândia 1 – cuja tiragem inicial esgotou-se completamente obrigando o escritor a relançá-lo a pedido de seus leitores mais fiéis.

2010 – No Fundo do Baú, seu quarto livro, resultou numa obra literária sobre a história da música sertaneja no Brasil numa contextualização com os fatos da Segunda Guerra Mundial.

2013Naquele ano, Amarildo publicou seu quinto livro – Os Goianos de Ouro – sobre a história, nos 60 anos anteriores à sua obra – de vários artistas e duplas sertanejas lendárias do Brasil, caso de Duduca & Dalvan.

2019 – No ano passado, Amarildo esteve em seu Estado natal, quando realizou vasta pesquisa no interior capixaba e publicou seu sexto e inédito livro: Redescobrindo a Imigração Italiana no Espírito Santo, com 300 páginas.

2020 (em andamento) – Agora, com o projeto de Redescobrindo Niquelândia 3, Amarildo está empenhado em produzir um trabalho com muita qualidade, para eternizar os nomes de todos os niquelandenses que atenderem os requisitos para serem homenageados.

O AMOR PELA LITERATURA – “Pretendo continuar minha vida escrevendo livros, eu amo fazer isso. Apesar dessa vertente não ser, profissionalmente, minha atividade exclusiva, já produzi oito obras, todas aplaudidas. Quero, com essa nova obra agora, ser apresentado lá fora (no contexto estadual e nacional). Tenho certeza de que os profissionais contemplados (para serem biografados no livro) – muitos deles com inserção além de Niquelândia – vão me proporcionar isso. Para tanto, decidi editar o Redescobrindo Niquelândia 3 com alto padrão de acabamento e impressão pois, no mundo de hoje, a roupagem de um produto de qualidade – planejado para ser eternizado – tem que ser diferenciada”, detalhou Amarildo (Com informações de Jaldene Nunes)

Amarildo Mulinari, na visita ao Excelência Notícias, demonstrou entusiasmo com a ótima aceitação de seu novo projeto literário, em Niquelândia [Foto: Da Redação]

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