Com ginecologista do sexo feminino, Hospital Santa Marta estreita relação com pacientes-mulheres em Niquelândia

Atenta às solicitações do público feminino de Niquelândia, a direção do Hospital Santa Marta estabeleceu importante parceria com a médica-ginecologista Lorena Christina Ribeiro Souto, de Goiânia, que estará realizando consultas e exames na cidade na próxima sexta-feira (24) e no sábado (25).

Ela atenderá na cidade a cada 15 dias – com cobertura por todos os planos de saúde e também através de consultas particulares – mediante agendamento prévio pelo telefone (62) 3354-1340, do próprio hospital, que também é Whats App.

Graduada em Medicina pela Universidade de Cuiabá (Unic) – onde estudou de 2003 a 2009, Lorena é Pós-graduada em Ultrassonografia e Reprodução Humana, dentre outras especializações.

A presença de uma ginecologista do sexo feminino em Niquelândia era algo desejado há bastante tempo pela diretora-administrativa do Hospital Santa Marta, Maria Aparecida Arruda.

Segundo a gestora da instituição, era muito recorrente o constrangimento natural que as pacientes sentiam em consultas do tipo com médicos-homens em acompanhamentos pré-natal; ou mesmo patologias variadas.

SINTOMAS E SEGREDOS – “As mulheres se identificam muito mais com outra mulher, por esse aspecto. De mulher para mulher, ambas sabem onde sentem mais dores, se é no pé da barriga; próximo ao útero; e aos ovários, por exemplo. Isso sem contar os ‘segredos’ que elas nos confidenciam em suas vindas ao meu consultório, falando sempre a mesma língua”, comentou a ginecologista, em entrevista ao Portal Excelência Notícias.

Nas duas primeiras rodadas de atendimento em Niquelândia – na sexta-feira (10) e no sábado (11) –  Lorena percebeu que as 19 pacientes que procuraram seu atendimento ginecológico no Hospital Santa Marta estão com a saúde genital bem cuidada, de um modo geral. Para a medida, tal constatação é prova inequívoca de que o hospital particular – com 44 anos de existência – possui qualidade e conta com ótimos profissionais, em todas as áreas da Medicina.

PRINCIPAIS QUEIXAS – “Os corrimentos são algo incomodam muito as mulheres. Mas é sempre necessário lembrar que esses corrimentos são provenientes da nossa própria vagina; e do próprio suor do organismo feminino. Porém, apesar de normais, sempre procuro observar se esses corrimentos são característicos de alguma doença como a gardinerella [bactéria que causa mau-cheiro na vagina], resultantes da vida sexual ativa de uma mulher. São coisas que nós, mulheres, precisamos ficar bem atentas”, detalhou a ginecologista do Hospital Santa Marta.

CÂNCER DE MAMA – Outro foco de atenção que as mulheres devem ter com o próprio corpo diz relação ao câncer de mama, aponta Lorena. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que esse tipo de câncer acometerá mais de 66.000 mulheres no Brasil somente em 2020.

Trata-se da doença com maior incidência entre todos os tipos de tumores que acometem pacientes do sexo feminino: 29,4%. Em 2018, foram registrados 17.572 óbitos por câncer de mama no País, o que corresponde a 16,4% do total de mulheres acometidas por câncer no geral.

“O câncer de mama e de colo do útero são prevenidos por nós, diariamente, nas consultas que realizamos com nossas pacientes”, alertou a ginecologista.

Lorena também se disse encantada com a estrutura de atendimento clínico-hospitalar que encontrou no Santa Marta desde sua chegada à cidade. “Estou bem satisfeita e contente por estar aqui em contato com as pacientes de Niquelândia”, comentou a médica.

ENDOMETRIOSE – Segundo Lorena, o endométrio é um tecido que reveste o interior do útero. Porém, quando presente outros órgãos da pelve – ou seja, fora da cavidade interina – provoca uma doença chamada endometriose pela aderência desse tecido nas trompas; nos ovários; nos intestinos grosso e delgado; e na bexiga.

“A endometriose é uma condição clínica, que não requer muitos exames. Às vezes, o próprio histórico ginecológico da paciente nos diz a origem do problema, sobretudo nas mulheres que tem muitas cólicas; e que precisam procurar um pronto-socorro com urgência no período menstrual. Nesses casos, a mulher deve ficar sempre muito atenta”, descreveu a ginecologista.

A OPÇÃO PELA GINECOLOGIA – Um fato curioso é que Lorena seguiu a carreira da mãe – a também ginecologista e obstetra Berenice Ribeiro Gomes Souto – que atua há mais de 32 anos na área, em Goiânia.

A experiente médica tentou a todo custo que a filha escolhesse outro ramo da Medicina para que Lorena não fosse surpreendida com a necessidade de realização de partos normais inesperados, nas madrugadas e nos finais de semana.

“A Medicina está na minha família. Além da minha mãe, minhas tias também são médicas. Por isso, eu também só tinha esse caminho: ser médica. Quando eu estava nos dois últimos anos, eu havia decidido pela área da oftalmologia. Mas, quando minha mãe foi à universidade para me ensinar sobre ginecologia e obstetrícia, eu me apaixonei. Minha mãe ficou muito surpresa, mas hoje é a minha fã número um”, relembrou a ginecologista.

A EVOLUÇÃO DO HOSPITAL SANTA MARTA – Segundo Cida Arruda, seu primeiro contato com a ginecologista Lorena Ribeiro Souto para que o hospital contasse com uma profissional do sexo feminino da área se deu de maneira indireta e totalmente por acaso.

Durante a procura por um médico-anestesista em Goiânia – que tivesse interesse em atuar nas cirurgias realizadas pelo Hospital Santa Marta em Niquelândia – a indicação de outros médicos-colegas do diretor-clínico Gustavo dos Santos Arruda na capital recaiu sobre o anestesista Raul Leônidas Gonzaga de Souza.

Por uma feliz coincidência, lembrou Cida, Raul é casado com Lorena e isso facilitou bastante que a médica aceitasse viajar os 300 quilômetros entre Niquelândia e a capital.

Até o presente momento, o Santa Marta só contava com os médicos Américo Lúcio Neto e Gilberto Avelino de Souza como ginecologistas atuantes na cidade do Norte do Estado.

Em muitas vezes, segundo Cida, as pacientes de Niquelândia preferiam viajar para Uruaçu, Ceres e até mesmo para Goiânia em busca desse atendimento com uma médica da área, em viagens cansativas e de alto custo financeiro.

De acordo com a diretora, desde que assumiu a função há quatro anos, sua preocupação é constante para aumentar o quadro de médicos-especialistas no hospital que comanda com Gustavo Arruda, seu esposo.

PEDIDOS OCORRIAM NAS RUAS – “Eu também sou mulher mas como disse a doutora Lorena – sem desmerecer a qualidade, a competência e profissionalismo dos ginecologistas-homens– nós nos identificamos mais com outra mulher; e ficamos mais à vontade para consultas na área de ginecologia. Nas ruas, aqui em Niquelândia, sempre me pediam para que o hospital trouxesse uma ginecologista-mulher. A conversa com a Lorena acabou fluindo muito bem e até acredito que logo ela vai acabar mudando em definitivo aqui para Niquelândia”, afirmou a diretora-administrativa do Hospital Santa Marta.