Prevendo gerar 7 mil empregos em Minaçu, Mineração Serra Verde recebe licença de instalação às obras da mina de ‘terras raras’

Prevista para começar em Minaçu no segundo semestre deste ano, a obra do projeto de “terras raras” da Mineração Serra Verde obteve a Licença de Instalação (LI) necessária para que o município do Norte do Estado possa ser o primeiro do Brasil onde tais minerais sejam produzidos por um empreendimento de classe mundial.

O investimento nas etapas anteriores – de pesquisa e de viabilidade técnica-econômica – representa R$ 800 milhões até o presente momento.

O valor a ser investido neste e no próximo ano, até o início das atividades de produção, não foi revelado pela empresa.

As terras raras são um conjunto de 17 elementos da tabela periódica, produzidas e consumidas majoritariamente na China. Altamente estratégicos, são largamente utilizados como insumos para indústrias de alta tecnologia com foco em energia limpa e telemobilidade.

Dentre esses insumos, podemos citar os lasers de aplicação industrial e médica; equipamentos de tomografia; e as cerâmicas e ligas metálicas especiais.

Destaca-se, principalmente, na produção de super-ímãs, indispensáveis á produção de veículos elétricos e turbinas eólicas.

O depósito encontrado em Minaçu é considerado especial, por sua concentração de argilas iônicas enriquecidas em terras raras.

De acordo com a empresa, tal característica propicia maior segurança ambiental na extração e processamento do minério, além de conferir alta pureza – acima de 92% – com qualidade semelhante aos melhores concentrados produzidos na China.

EMPREGOS – De acordo com a Mineração Serra Verde, a construção da planta propriamente dita em Minaçu poderá gerar 1.600 empregos diretos. Entre os postos de trabalho indiretos, o número é ainda maior: de 4.000 a 5.000 vagas.

Quando tudo estiver pronto – possivelmente entre o final de 2021 e o início de 2022 – a operação do concentrado de terras raras em Minaçu deverá garantir cerca de 400 empregos diretos; e outros 1.500 na forma indireta.

A vida útil da mina do concentrado de terras raras em Minaçu é estimada em 24 anos, com capacidade para produzir 7 mil toneladas por ano desse produto, o que representa algo em torno de 5% da demanda mundial.

EXPECTATIVAS – De acordo com o vice-presidente executivo da Mineração Serra Verde, Luciano Borges, o projeto fará com que Minaçu e o Brasil, num espectro mais amplo, se tornem referência para produção de minerais estratégicos demandados por indústrias de alta tecnologia.

Ainda na visão do executivo da mineradora, uma vez qu isso ocorra, o mercado mundial terá uma nova e importante opção de fornecimento de elementos terras raras no Hemisfério Ocidental, o que garantirá amplos benefícios para as economias local, regional e nacional.

RESPONSABILIDADE SOCIAL – “Da construção à operação, o empreendimento gerará empregos e renda na região, atuando de acordo com os padrões internacionais de sustentabilidade e segurança ocupacional e ambiental, tendo a responsabilidade social como um dos principais valores da companhia”, afirmou o vice-presidente executivo da Mineração Serra Verde.

Desde 2008, quando foi fundada, a mineradora nunca deixou de medir esforços à conclusão da empreitada, vale ressaltar.

Luciano Borges também informou que, após a conclusão da segunda etapa do licenciamento ambiental, a empresa estará empenhada na preparação dos processos de licitações à contratação das empresas para as obras de construção e instalação do projeto. [Com informações da Assessoria de Imprensa da Mineração Serra Verde, em São Paulo/SP]