Niquelândia

Viatura da PM tem vidro quebrado em comemoração de flamenguistas na Avenida Brasil

Polícia Militar (PM) formalizou queixa pelo dano contra Renan de Oliveira Rocha na noite do sábado (23), mas advogado do rapaz contesta versão apresentada pela corporação à Polícia Civil: imagens de câmeras de segurança deverão esclarecer o episódio

Excesso de pessoas em lugar público, em festa popular regada à bebida alcóolica, o resultado normalmente é um só: baderna e confusão, que terminou com a quebra do vidro-traseiro de uma viatura Space Fox da Polícia Militar (PM) no final da noite do sábado (23) na Avenida Brasil, a principal de Niquelândia.

Como se sabe, torcedores do Flamengo comemoravam em todo o País a conquista da Copa Libertadores da América, pelo time carioca – de virada, pelo placar de 2 a 1 – ocorrida no último final de semana em Lima, no Peru, contra o time argentino do River Plate.

Em meio ao deslocamento para atender uma ocorrência de tentativa de homicídio, os policiais em serviço naquele dia se depararam com carros de som automotivo estacionados de forma irregular na Avenida Brasil.

Na tentativa de liberar o trânsito – e também para cessar a perturbação do sossego público – a PM fez constar no Registro de Atendimento Integrado (RAI) que pedras e garrafas foram lançadas “por um moreno alto” em direção à equipe, sendo que uma delas estilhaçou o vidro do carro da PM.

Uma testemunha, que não quis se identificar, informou que o autor do dano ao patrimônio público seria o rapaz identificado como sendo Renan de Oliveira Rocha.

A PM, então, foi até a casa do pai de Renan. No local, seu pai informou que o filho não se encontrava. A PM, então, retomou o atendimento da ocorrência de tentativa de homicídio, interrompido por conta da algazarra dos flamenguistas.

Horas mais tarde, a PM foi informada pelo atendente do Copom 190 que Renan estava na sede da corporação, na Rua Romão Rocha, a uma quadra do local onde teria se envolvido na confusão com os militares.

O caso foi registrado na Delegacia da Polícia Civil de Niquelândia pelo delegado-regional de Uruaçu, Natalício Cardoso da Silva; e as apurações posteriores ao fato – para determinar se Renan Rocha foi ou não o responsável por arremessar a garrafa que danificou o carro da PM – serão conduzidas pelo delegado Gerson José de Sousa.

Se for confirmada a culpabilidade do rapaz no episódio, a PM pretende acioná-lo judicialmente também para o ressarcimento, aos cofres do Estado, do custo do vidro quebrado.

As providências cabíveis ao caso, nesse sentido, foram tomadas na manhã desta segunda-feira/25 pelo capitão David Cabral – comandante da Polícia Militar (PM) em Niquelândia –com respaldo do tenente-coronel Maxwell Franco de Moraes, comandante do 14º BPM em Uruaçu.

OUTRO LADO – O advogado Fernando Cavalcante de Melo, constituído pela família de Renan à sua defesa, disse ao Excelência Notícias na noite desta segunda-feira (25) que não há elementos de prova suficientemente claros para atribuir culpa de seu cliente no episódio.

Segundo Fernando Cavalcante, Renan estava no lado oposto da Avenida Brasil – com visão somente da parte dianteira da viatura da PM – de tal forma que ele não teria condições de danificar o vidro traseiro da viatura, caso tivesse realmente arremessado uma garrafa em direção aos militares.

Ainda de acordo com o advogado, nenhum indivíduo-autor de qualquer delito, sobretudo contra a PM, se apresentaria espontaneamente à sede da corporação.

E Renan tomou tal ato por iniciativa própria, segundo Fernando Cavalcante, ao ser informado por seu pai que os militares tentavam localizá-lo.

Ao Excelência Notícias, Fernando também argumentou que o delegado Natalício Cardoso da Silva – justamente pela dúvida do momento em estabelecer se Renan foi ou não o autor da garrafada – decidiu pelo não-indiciamento imediato do rapaz pelo crime de dano ao patrimônio público.

Dessa feita, Fernando Cavalcante disse que somente as imagens das câmeras de segurança das agências dos bancos Itaú e Bradesco – que serão requisitadas pelo próprio advogado e pela Polícia Civil para instrução do inquérito policial – poderão apontar o verdadeiro autor do incidente com a PM de Niquelândia.

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