Niquelândia

Agente penitenciário mata detento que fugiu do Hospital Municipal após fingir que estava doente

Edmilson José Toledo Júnior, de 24 anos, foi baleado na perna e sofreu hemorragia após entrar numa casa e pular vários telhados de imóveis da Rua Goiás, na região central: PM deu cobertura ao trabalho, mas fugitivo reagiu à operação de captura

O detento Edmilson José Toledo Júnior – de 24 anos, que cumpria pena por várias passagens por roubo na Unidade Prisional de Niquelândia/UPN – morreu baleado na tarde do domingo (28) na região central da cidade por um agente penitenciário após fugir do Hospital Municipal Santa Efigênia, enquanto recebia atendimento médico.

Durante a tentativa de fuga, o preso invadiu a residência de um rapaz de 27 anos, após pular por sobre alguns telhados de imóveis existentes no cruzamento das ruas Goiás e São Paulo.

COMO TUDO OCORREU – De acordo com o Registro de Atendimento Integrado (RAI) registrado pelas polícias Militar e Civil de Niquelândia, a equipe que dava expediente no hospital informou a PM sobre o ocorrido, dando conta de que os agentes penitenciários da UPN procuravam pelo fugitivo nas imediações.

Na esquina das ruas acima mencionadas– distantes apenas uma quadra do hospital – a PM encontrou um dos agentes penitenciários; e fez o cerco da área.

Felipe, o morador, autorizou a entrada dos militares em sua casa, mas o fugitivo já não estava lá. A equipe, então, seguiu as buscas entrando e saindo de uma residência vizinha.

Nesse exato momento, o morador da casa inicialmente invadida localizou o procurado – que estava escondido numa lona preta – provocando desespero nos familiares do rapaz que teve a casa invadida, que começaram a gritar por socorro.

Os PMs, então, visualizaram Edmilson em cima do telhado, dando ordem para que o preso descesse. Ele não respeitou à ordem e continuou saltando por outros telhados de outras casas.

O fugitivo, então, tomou distância considerável do militar; e pulou na calçada, a exemplo do soldado. Um dos agentes penitenciários – que acompanhava a tentativa de captura do detento – efetuou dois disparos na direção de Edimilson, sem o atingir.

O detento continuou em fuga; e entrou no estacionamento de um pequeno prédio comercial e de apartamentos na esquina das ruas Goiás e Minas Gerais, onde foi encontrado caído pela PM e pelo agente penitenciário.

No fundo do estacionamento, o fugitivo sacou uma faca que tinha na cintura; e foi em direção ao funcionário da UPN dizendo que “não voltaria para o presídio nem morto; e que preferia matar ou morrer”.

O agente penitenciário deu ordem para que Edmilson cessasse a investida contra ele, o que não foi atendido pelo detento. Assim, o funcionário da UPN efetuou um terceiro disparo em sua direção, acertando-o na veia femoral, na perna.

O detento foi socorrido ao Hospital Municipal pelo Corpo de Bombeiros, mas não sobreviveu à hemorragia decorrente do ferimento e morreu.

De acordo com o agente de investigação da Polícia Civil, Erlandsson Bonfim de Sena, o detento queixou-se de dores durante o banho de sol na UPN; e a direção da cadeia decidiu leva-lo ao hospital, como é praxe nesse tipo de situação.

Uma vez constatado que Edmilson não tinha, de fato, qualquer problema de saúde, o preso resolveu fugir ao avistar a viatura da UPN que o levaria de volta ao presídio, culminando com o desfecho que terminou com sua morte.

A Polícia Civil, na pessoa do delegado Gerson José de Sousa, instaurou inquérito policial para apurar o caso.

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