Niquelândia

Aos 27 anos, presidente eleito do Sindicato Rural de Niquelândia toma posse no próximo dia 30

Diego Coelho é o mais jovem presidente eleito em todo o Estado à frente dos interesses dos ruralistas: José Mário Schereiner, deputado federal e presidente da Faeg, já confirmou presença no evento

Eleito no final de dezembro como presidente do Sindicato Rural de Niquelândia no trênio 2020/2022, o agropecuarista Diego Pereira Coelho assumirá oficialmente o cargo no próximo dia 30 de janeiro, às 19h30, em local a ser definido pela entidade classista.

Ele irá substituir um baluarte da Agricultura Familiar em Niquelândia, o veterano Cirino Vicente Ferreira, que ocupou a presidência nos últimos três anos.

Com apenas 27 anos de idade, Diego Coelho alcançou outro feito com sua meteórica ascensão ao cargo: ele será o mais jovem presidente de sindicato rural em todo o Estado de Goiás, superando assim o feito de Armando Rollemberg que fora eleito ano passado aos 29 anos para comandar o Sindicato Rural de Alexânia.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schereiner (DEM) – que cumpre atualmente seu primeiro mandato como deputado federal – confirmou presença e irá prestigiar Diego no evento a ser realizado na cidade do Norte do Estado.

Além de Diego Coelho na presidência, a nova diretoria do Sindicato Rural de Niquelândia é formada por quatro membros titulares e quatro suplentes.

Na mesma chapa, foram eleitos titulares e suplentes do Conselho Fiscal e, ainda, os delegados junto à Faeg, dentre eles o presidente eleito do sindicato.

CHAPA ÚNICA – Diego Coelho foi eleito em chapa de consenso, tendo Igor Orígenes Moreira Borges como vice-presidente. Além do presidente e do vice, a nova diretoria ficou assim composta: Elisângela Ribeiro Alves (vice-presidente institucional; e Fainy Rodrigues Oliveira (vice-presidente financeiro).

Marcos Barbosa Silva; Gustavo dos Santos Arruda; Denise Joy da Silva; e Fernanda Rodrigues Melo, compuseram a chapa como suplentes da nova diretoria. O Conselho Fiscal está sob os cuidados do ex-presidente Cirino Vicente Ferreira; de Maria Aparecida de Lima Arruda; e de Luiz Henrique Silva Souza. Os suplentes desse colegiado são Edimar da Costa Cintra; Alex Xavier Lobo; e José Maria Pereira Coelho.

“Montamos uma equipe muito coesa, para concorrer nesse pleito de consenso. Agora, eleitos, temos três anos para mostrar trabalho também dentro do sindicato – com uma atuação igual à que tínhamos no Faeg Jovem (que presidiu anteriormente) – mas com um leque maior e foco na capacitação e desenvolvimento do produtor, ajudando-o a colocar mais alimentos na mesa das pessoas. Há muito o que fazer e, muitas das vezes, a solução está na Faeg, no Sebrae, no Senar, em outra entidade-parceira”, afirmou Diego, em entrevista exclusiva ao Excelência Notícias, logo após a confirmação de sua eleição.

TRAJETÓRIA ÍMPAR – A ascensão do jovem agropecuarista ao cargo de presidente do Sindicato Rural começou a ser desenhada há quatro anos, após Diego concluir seus estudos em nível superior na área de Gestão Financeira, em Sobradinho (DF). Findado o curso na capital federal, ele regressou a Niquelândia – sua cidade natal – para dar início à sua vida profissional.

“Sempre quis ter o meu próprio negócio e, no interior, há a possibilidade de isso prosperar com maior frequência. Além disso, eu sempre tive intenção também de ter um pouco de participação em instituições de classe”, contou Diego.

Nesse retorno à terra natal, o novo presidente do Sindicato Rural assumiu a coordenação do Senar Jovem em Niquelândia. Na época, ele não conhecia a entidade que agora irá comandar, nem mesmo seu funcionamento.

Porém, quando Diego foi convidado para uma reunião do Faeg Jovem – onde se discutiria a troca de comando nesse segmento – acabou por assumi-lo.

“Quando comecei, na Faeg Jovem, também comecei a ter maior acesso dentro do nosso Sindicato Rural. Aos poucos, fui tomando gosto pelas atividades que pude desempenhar, realizando e participando de eventos locais, estaduais e nacionais eventos; bem como acompanhando projetos; dentre outras atividades”, detalhou Diego.

Naquele período de intenso aprendizado – oportunidade em que também pôde transmitir seus conhecimentos quando esteve à frente da Faeg Jovem – o novo presidente do Sindicato Rural de Niquelândia adquiriu uma propriedade onde dedicou-se ao plantio de milho para silagem; e na criação de cavalos.

Daí em diante, passou a ter seu nome considerado para a gestão da entidade, uma das mais tradicionais e mais importantes do município.

Diego não esconde a sua admiração pelo Cirino Vicente, seu antecessor na presidência, mas destaca a intenção de dar cara nova à gestão do sindicato (com foco principalmente nas cadeias produtivas) com uma de suas primeiras medidas após ser empossado no final do mês.

“Quero desempenhar uma gestão mais participativa, com abertura para as comissões, garantindo que especialistas discutam assuntos de suas áreas. Para tanto, outra iniciativa será instituir uma reforma estatutária (espécie de reforma administrativa) para criação das comissões de Leite; da Faeg Jovem; e do Gado de Corte; para assegurarmos maior participação dos sindicalizados e o consequente fortalecimento da nossa entidade, com muita dedicação e seriedade”, detalhou.

INDIVIDUALISMO ATRAPALHA – Como egresso da Faeg Jovem, o novo presidente do Sindicato Rural aponta o individualismo como uma das principais deficiências do agronegócio de Niquelândia; e enxerga nesse ponto o seu maior desafio. “Observei que a maioria das pessoas manifesta o desejo de crescer e desenvolver-se, mas não se associa ao sindicato, para que possa garantir que esse crescimento ocorra de forma real, mais rápida; e com maiores possibilidades de êxito”, afirmou Diego.

Desse modo, segundo ele, o Sindicato Rural de Niquelândia terá atuação vital para os ruralistas que estão na ponta da cadeia produtiva, para favorecer oportunidades de treinamento; de capacitação; de conhecimento do mercado; e de assistência técnica. Isso sem contar na evidente necessidade de representação nas esferas municipal, estadual e mesmo federal em defesa dos interesses do setor.

“Outro problema que temos aqui é a grande extensão territorial de Niquelândia. Isso dificulta, às vezes, fazer com que a informação ao produtor no campo, sobretudo àqueles que habitam áreas mais distantes. Para isso, temos em projeto a viabilização o Sindicato Itinerante, para aproximar a entidade do produtor rural mais longínquo da área urbana da cidade”, afirmou ele.

APURAÇÃO – Paulo Helder Martins [c] foi o responsável pela contagem dos votos na eleição da nova diretoria do Sindicato Rural de Niquelândia [Foto: Portal Excelência Notícias]

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