Niquelândia

Depoimento de Natieli ainda não tem data para ocorrer, afirma Polícia Civil

Cássio Arantes do Nascimento, delegado que investiga assassinato de pedreiro que teve o corpo queimado, quer cruzar informações antes de ouvir a principal suspeita do crime: desocupada está presa na cadeia da cidade do Norte do Estado desde a noite de ontem

O delegado-titular da Polícia Civil em Niquelândia, Cássio Arantes do Nascimento, afirmou ao Portal Excelência Notícias no inicio da tarde desta quinta-feira (1º/11) que ainda irá decidir em qual data irá interrogar a desocupada Natieli Santana Freitas, de 24 anos.

Ela está recolhida desde a noite da quarta-feira (31) numa cela da cadeia de Niquelândia no Setor Santa Efigênia, dois dias após ser presa em Goiânia por uma equipe do Serviço de Inteligência da Polícia Militar (PM) na capital.

Uma vez ouvida formalmente – o que ainda depende do cruzamento de informações que a PC está apurando – a autoridade policial poderá concluir o inquérito que investiga o possível latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou o pedreiro Rogério Pereira dos Anjos, de 30 anos.

O crime ocorreu na madrugada do feriado nacional de 7 de setembro. O corpo, carbonizado, foi encontrado no dia 11 daquele mês.

De acordo com a estratégia adotada pelo delegado, o momento atual não é o mais adequado para levantar as provas que irão subsidiar seu relatório final; e o posterior oferecimento da eventual denúncia contra ela, pelo Ministério Público (MP), ao juiz.

“O Código Penal me permite fazer quantos interrogatórios forem necessários com a Natieli, mas o ideal é que nós (da Polícia Civil) tenhamos certa margem de tranquilidade na elaboração das perguntas que faremos a ela no momento do procedimento”, comentou o delegado de Niquelândia.

Segundo o delegado, a desocupada estava com prisão temporária pelo prazo de 30 dias decretada pelo Judiciário (a contar da data em que foi presa que pode ser prorrogada por mais 30 dias; e também ser convertida em prisão preventiva, se houver essa necessidade.

No local onde o corpo foi encontrado – às margens da GO-237, perto do acesso à estrada do Povoado Indaianópolis – havia um celular parcialmente queimado junto aos restos mortais do pedreiro.

Fotos no cartão SD do aparelho guardavam fotos de Rogerio já morto, no mesmo local, antes do corpo ser incendiado. O celular pertencia a Natieli, segundo o delegado.

Tida como a provável autora do crime – ao atrair o rapaz para morte, já que o pedreiro ostentava cerca de R$ 5 mil em dinheiro vivo em bares da cidade – Natieli ficou presa uma noite na sede da Delegacia de Investigações Criminais (DEIC), na capital após ser capturada pela PM.

Ainda ontem, a jovem foi recambiada para Niquelândia por policiais civis do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) comandados por Cássio Arantes. Natieli permaneceu em silêncio durante todo o trajeto, segundo relato dos agentes para o delegado.

MÃE E PADRASTO CONTINUAM PRESOS – No dia 18 de outubro, a PC de Niquelândia prendeu a mãe de Natieli, a auxiliar de serviços gerais Anailiza Santana (de 46 anos); e o padrasto da jovem, Domithi Lopes da Costa (de 38, padrasto de Natieli). Eles ainda não foram interrogados formalmente, também de acordo com o delegado.

De acordo com a autoridade policial, questões ainda obscuras para a PC sobre onde Rogério foi morto antes do corpo ser queimado; e se outras pessoas a ajudaram a perpetrar o assassinato; serão de extrema importância para definir o eventual indiciamento de Natieli, de Anailza e de Domithi.

Serviço de Inteligência da Polícia Militar (PM), em Goiânia, estava monitorando os passos de Natieli, culminando com sua prisão na capital na tarde da terça-feira/30 [Foto: Divulgação PM-GO]

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