Servidores da Agência Brasil Central pedem intervenção do governador Ronaldo Caiado pela aprovação do Plano de Carreira

Servidores da Agência Brasil Central (ABC) – cujo grupo de analistas e assistentes de comunicação concursados recebem valores e reajustes menores do que categorias similares do Estado –  lutam pela reestruturação de suas carreiras desde 2010.

A reivindicação principal é o envio do Plano de Cargos e Remuneração (PCR) de jornalistas, radialistas, técnicos, cinegrafistas, editores etc. para a Assembleia Legislativa de Goiás, promessa que ainda aguarda concretização.

Os analistas e assistentes de comunicação da Agência Brasil Central, lotados atualmente na própria autarquia e nos diversos órgãos da administração, ressaltam que não buscam nenhuma vantagem diante dos demais servidores.

O grupo argumenta que percebe vencimentos menores que os demais analistas e assistentes da administração. A lei que rege o atual PCR determina maior tempo para progressão e com o menor índice que os demais.

“Além disso, não há vagas (para progredir). E ainda tem a cereja do bolo: quem está fora da ABC, mas está à disposição de outro órgão do próprio Executivo Estadual – situação de mais de 50% dos servidores da Agência, devido à exigência das comunicações setoriais dos órgãos – não conta tempo para progressão. Sem sombra de dúvida, temos hoje a pior, a mais estagnada e mais injusta carreira do Estado”, afirma o jornalista e analista de Comunicação Rodrigo Nunes Leles.

Apesar de negociações já entabuladas com a Secretaria de Administração (Sead) e da formação de grupos de estudo para ajustes no projeto, o pleito continua sem uma resposta definitiva.

Dentro da Agência o quadro é ainda mais desafiador: servidores administrativos que trabalham no órgão, e contam com planos mais estruturados, deixam explícita a disparidade entre profissionais das áreas-meio e áreas-fim, como jornalistas e radialistas, cuja atuação é essencial para a comunicação pública do Estado.

“O mínimo que todo servidor quer é ter uma carreira justa e satisfatória dentro do Estado. Essa comparação entre área-meio e área-fim é apenas para evidenciar a disparidade que nossa categoria vivencia no dia a dia, e que mina a autoestima e o entusiasmo do servidor”, aponta o jornalista Luiz Cláudio Cavalcante, que atua na ABC como assistente de Comunicação.

Os servidores afirmam que, na prévia de suas duas eleições, o governador Ronaldo Caiado reuniu-se com representantes da ABC e comprometeu-se a resolver essa demanda histórica, garantindo o início de um estudo para viabilizar o PCR.

O apoio dos servidores – determinante em sua vitória, bem como na promoção e divulgação dos bons resultados da gestão goiana nas redes e veículos de comunicação – agora busca reciprocidade em ações concretas.

Segundo os servidores, o texto do PRC está pronto na Secretaria de Administração (Sead). Leles diz que a categoria é pequena – em comparação com a maioria – e o impacto a curto e médio prazos praticamente inexiste, pois o enquadramento seria feito por faixa salarial.

“O plano não concede nenhum tipo de reajuste exorbitante, mas corrige distorções importantes (a maioria delas nem tem natureza salarial) e fornece uma perspectiva de futuro aos servidores e à carreira, como ocorreu recentemente em órgãos como AGR, SEDS e Seinfra, por exemplo. O texto é praticamente o mesmo para todos os órgãos; o que muda são detalhes, de acordo com as especificidades de cada carreira”, elucida.

Os servidores da Agência Brasil Central exercem funções cruciais na comunicação institucional de Goiás, atendendo às demandas da TBC, da rádio e de plataformas digitais, além de trabalharem no planejamento, gestão e execução das atividades de comunicação em todas as secretarias e órgãos estaduais, bem como na própria Secretaria de Comunicação (Secom) – órgão ao qual a ABC é jurisdicionada.

Esse trabalho não somente conecta as ações do governo aos 246 municípios goianos, mas projeta a imagem e as realizações da administração goiana nacional e internacionalmente, em todos os veículos e meios possíveis.

Ou seja, a boa avaliação e a imagem positiva do governo de Ronaldo Caiado são as maiores provas de que os servidores estaduais da área da comunicação têm cumprido seu papel com excelência.