Câmara Municipal de Niquelândia abandona fama de ‘caloteira’ nos 500 dias da presidência do vereador Diego de Carvalho

Eleito vereador pelo Democracia Cristã (DC) com 299 votos nas eleições municipais de 2020, o pastor evangélico Diego Bonifácio de Carvalho chegou ao Poder Legislativo com o desafio inicial de exercer um bom mandato, enquanto político novato na vida pública.

A outra provação veio logo em seguida quando Diego foi eleito presidente da Câmara Municipal de Niquelândia, nos primeiros dias de janeiro de 2021.

Na cidade do Norte do Estado, nunca foi segredo para ninguém que a administração do Poder Legislativo enfrentava uma grave crise de ordem moral, dado o enorme volume de obrigações financeiras que deixaram de ser pagas ao longo de quase uma década.

Por conta disso – sabendo de sua obrigação em prestar contas à sociedade niquelandense – o atual presidente da Câmara Municipal recebeu o Portal Excelência Notícias na manhã da quinta-feira/26 para um balanço da austeridade administrativa que procurou implementar em seus 500 dias à frente da casa de leis.

R$ 1,8 MILHÃO EM TRIBUTOS PAGOS, SEM ATRASO – Dentre as inúmeras despesas que as esferas dos poderes constituídos precisam quitar regularmente, duas delas se destacam: os recolhimentos mensais ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), ao Governo Federal

Ambos os tributos, como se sabe, são descontados no contracheque dos 13 vereadores bem como dos servidores efetivos e comissionados, cabendo ao gestor do Poder Legislativo a obrigação de pagar as guias.

Ao Excelência Notícias, o Gabinete da Presidência da Câmara Municipal de Niquelândia apresentou tais dados, bastante completos [veja tabela com todos os números, no final desta reportagem] detalhando que, na gestão do presidente Diego de Carvalho, foram recolhidos exatamente R$ 1.875.639,21 na forma de INSS e IRPF entre janeiro de 2021 e maio de 2022.

Nos 12 meses de 2021, o Poder Legislativo destinou R$ 1.267.428,78 à quitação desses tributos, sendo R$ 821.967,18 para o INSS e R$ 445.461,60 na forma de IRRF.

Agora em 2022, de janeiro a maio, a Câmara Municipal de Niquelândia pagou R$ 608.210,43 em impostos obrigatórios à União, sendo R$ 365.872,57 para o INSS e R$ 242.337,86 na forma de IRRF, saindo assim da inadimplência para a adimplência esperada para uma figura pública eleita pelo voto popular.

FINANÇAS REORGANIZADAS – “Nesses 500 dias de meu mandato eu procurei, de todas as formas, organizar as finanças da nossa casa de leis enquanto presidente, sempre com total transparência e compromisso para com o nosso povo. O meu sonho era tornar-se vereador, mas não esperava assumir a presidência e, quando sentei nessa cadeira, a maior dificuldade foi justamente a parte financeira da Câmara Municipal. Mas, com honestidade, procuramos reorganizar as finanças – pagando cerca de R$ 300 mil em salários atrasados de administrações passadas – e fazendo o pagamento em dia dos impostos devidos desde quando assumi essa função”, afirmou Diego de Carvalho.

Ainda de acordo com o presidente da Câmara Municipal de Niquelândia, outros ajustes estão sendo realizados no tocante à liquidação total dos pagamentos dos direitos trabalhistas dos servidores da casa de leis – como acúmulo de férias vencidas e do 13º salário – que ficaram em aberto no período que antecedeu sua eleição para o cargo de vereador.

PASTOR ECONÔMICO – “Não sei porque deixaram acumular essa quantidade de dívidas, mas estamos conseguindo colocar tudo em dia. Por vezes, ouço as pessoas dizerem que ‘o pastor, lá na casa de leis, é muito econômico’. Mas, se não economizarmos mesmo, não terei como botar as contas em ordem. Graças a Deus, nesses meus 500 dias como presidente e como vereador, tem dado tudo certo”, detalhou o presidente da Câmara Municipal de Niquelândia.