CPE/PM apreende mais de meio quilo de cocaína pura avaliada em quase R$ 57 mil numa casa na região central de Niquelândia
Denúncia anônima levou militares de Uruaçu ao endereço, onde havia apenas uma mulher: por apresentar versão considerada condizente sobre o fato de desconhecer a origem e a existência da droga no interior da residência, ela não foi presa mas será formalmente ouvida pela Polícia Civil nos próximos dias

O Comando de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar (PM) de Uruaçu localizou no final da manhã desta segunda-feira/14 – numa casa da Rua Francisco Adelmo Leal, região central de Niquelândia – um pacote com 567 gramas de cocaína pura, avaliada em quase R$ 57 mil pela Polícia Civil da cidade.
Durante toda a tarde, a presença dos ‘homens de preto’ na cidade do Norte do Estado suscitou, nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp, dezenas de especulações sobre a natureza da operação.
A ação do CPE/PM chegou a ser noticiada por uma página de Instagram, cujo autor das postagens mantém no anonimato há quase dois anos, como se fosse o cumprimento de um mandado de busca e apreensão expedido pelo Poder Judiciário de Niquelândia.
Todavia, como essa é uma atribuição mais da alçada da Polícia Civil, o delegado-titular do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) PC de Niquelândia, Cássio Arantes do Nascimento, explicou que a droga foi achada pelos militares como fruto de uma denúncia anônima encaminhada diretamente à corporação.
“Segundo os militares, eles receberam a informação de que um indivíduo teria deixado esse entorpecente na residência, onde teriam encontrado uma mulher, moradora do imóvel, que estava sozinha; e que essa mulher teria confirmado o que nos foi dito pelos policiais, imaginando que a ‘encomenda’ seria, supostamente, um telefone celular sem, no entanto, procurar saber do que se tratava realmente. Esse homem seria um terceiro indivíduo – mas nem essa mulher e nem o marido dela – pois a apuração preliminar dá conta de que apenas esse casal mora na residência”, explicou o delegado do Genarc, ao Portal Excelência Notícias.
De acordo com a autoridade policial, a mulher autorizou a entrada dos militares na residência, sem provocar nenhum empecilho à varredura que culminou no encontro da droga.
Cássio disse que, como aos olhos dos militares a versão apresentada pela moradora da casa se mostrou crível num primeiro momento, a equipe do CPE decidiu não conduzi-la para ser ouvida na sede do Genarc, na segunda etapa do Jardim Atlântico, onde o delegado fez a apreensão formal do entorpecente que ainda será submetido à análise pericial da Polícia Técnico-Científica de Uruaçu para atestar que o material encontrado trata-se realmente de cocaína.
OS PRÓXIMOS PASSOS – “Vamos colher o depoimento de possíveis testemunhas e também dessa mulher para tentar apurar, a partir dessas informações preliminares, quem seria o verdadeiro proprietário dessa substância entorpecente que, considerando-se a natureza e a quantidade apreendida, se caracterizaria como crime de tráfico de drogas”, detalhou o delegado do Genarc de Niquelândia.
APREENSÃO CONSIDERÁVEL– Cássio Arantes detalhou que a estimativa do valor da droga apreendida em Niquelândia – por ser pura, sem adição de produtos como creatina, bicarbonato de sódio e pó de vidro – chega a R$ 100,00 por grama, resultando aproximadamente nos R$ 56,7 mil citados no início desta reportagem, no mercado negro do tráfico de drogas.
No entanto, quando ‘batizada’, a mesma cocaína tirada de circulação hoje poderia render até 10 vezes mais que o peso original – ou seja, quase 6 quilos – fracionada em papelotes de um grama que, vendido para os usuários por preços que variam entre R$ 40,00 e R$ 50,00 renderia algo em torno de R$ 240 mil a R$ 300 mil para os traficantes da cidade do Norte do Estado.
“Por conta dessa conjuntura, e pelo fato de estarmos numa cidade do interior, do porte de Niquelândia, essa apreensão de hoje pode ser considerada bastante considerável”, disse o delegado.
