Programa Facieg Digital e Sebrae apresentam resultados de capacitação sobre vendas online para comerciantes em Niquelândia
ACIN arregimentou 78 estabelecimentos ao trabalho de diagnóstico e proposição de melhorias para incrementar Marketing Digital de lojas e prestadores de serviço da cidade do Norte do Estado: workshop expôs síntese das ações, na noite de ontem
A Federação das Associações Comerciais, Industriais, Empresariais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Associação Comercial e Industrial de Niquelândia (Acin) realizaram, na noite desta quarta-feira/29, um workshop de avaliação e encerramento da primeira fase do Programa Facieg Digital na cidade do Norte do Estado.
Em junho deste ano, como se sabe, a entidade classista presidida por Fernanda Rodrigues Melo anunciou que os estabelecimentos comerciais niquelandenses filiados à Acin receberiam consultorias individuais e presenciais do Sebrae, por intermédio da Facieg e do Sebrae, para reforço e implantação de estratégias de Marketing Digital.
Consultores e palestrantes do Sebrae em Porangatu, Adriane Pires e Rubens Lima foram os responsáveis, nos últimos meses, pelo diagnóstico personalizado das deficiências de cada empresa de Niquelândia nessa interação com os clientes.
Na noite de ontem – num bate papo bem-humorado, repleto de cases sobre as ‘derrapadas digitais’ que serviram de aprendizado para vários comerciantes de Niquelândia durante o processo – eles reforçaram que o uso correto dos recursos de imagens e de vídeos no perfil comercial e no status do negócio no Instagram também necessita de textos curtos e objetivos com informações claras sobre o produto e/ou serviço a ser comercializado.Num mundo cada vez mais conectado com a praticidade de resolver praticamente tudo sem sair de casa – apenas com um smartphone em mãos – Adriane e Rubens também ofertaram, nos últimos meses, ensinamentos sobre a correta utilização do WhatsApp Business.
Versão empresarial do aplicativo de mensagens, o WhatsApp Business atualmente pode ser ativado também com o número do telefone fixo das empresas, em associação com recursos de automação por inteligência artificial (IA) possibilitando a criação de uma ‘fila digital’ até que o cliente seja direcionado para o atendimento humano de um colaborador do negócio à resolução de demandas específicas.
“A forma de ver a questão da transformação digital é justamente perceber onde estamos hoje e como estaremos amanhã. Precisamos estar preparados para que esse cliente possa falar com a IA e comprar de vocês, sem precisar ir até a sua loja. Uma dessas maneiras justamente é o WhatsApp, que ainda exige muito esforço [dos lojistas] para atender um público cada vez mais exigente. Hoje, ninguém quer falar nada além de dar uma ordem [de aquisição, sobre o produto ou serviço desejado]”, exemplificou Rubens.Complementando esse raciocínio, Adriane relembrou que, num passado não muito distante, as pessoas procuravam um veículo para comprar através dos classificados dos jornais impressos e que, na maioria das vezes, era aceitável que todo o trâmite à compra levasse três dias, no mínimo, com o cliente indo à loja para fechar o negócio.
Atualmente, com os veículos e demais bens móveis sendo anunciados nas ferramentas digitais (caso do Marketplace, do Facebook) os potenciais clientes que esperam mais do que um minuto para o primeiro atendimento online acabam recorrendo a outros estabelecimentos comerciais para fechar negócio em até 10 minutos (observando-se, é claro, a cautela necessária para evitar ser vítima de um possível golpe virtual).
“Se eu mandar uma mensagem para determinada loja de Niquelândia – perguntando se ela tem para me vender um calçado infantil para um bebê de 11 meses – e esta demorar três minutos para me responder, eu vou procurar o concorrente dela dentro da mesma cidade, comprar e mandar o Pix, caso eu não encontre um atendimento rápido e emergencial da primeira loja”, completou a palestrante do Sebrae na região Norte do Estado.De acordo com a analista da Área de Transformação Digital do Sebrae em Goiânia, Gleice Melo, apesar do Programa Facieg Digital ser algo muito importante para a vida empresarial nem todos os comerciantes ainda reconhecem a importância dessa capacitação.
O QUE DISSE O PRESIDENTE DA FACIEG – Para Márcio Luis da Silva, o Sebrae atua em sinergia com a Facieg, podendo ser considerada a coluna dorsal da entidade que apoia os micros e pequenos negócios em Goiás.
Márcio Luís contou que, assim que tomou posse em maio na Facieg, sua primeira reunião de trabalho na entidade foi justamente com o Sebrae, quando foi informado da existência desse projeto de inclusão digital das empresas.
Na oportunidade, contou Márcio Luís, o Sebrae pediu-lhe a indicação de 350 CNPJs de estabelecimentos ligados às associações comerciais nos municípios para a implantação do Programa Facieg Digital, considerado revolucionário por ele.
E a Acin em Niquelândia, através de Fernanda e de suas colaboradoras na entidade, conseguiram arregimentar 78 empresas para serem beneficiadas pela ação: foi o maior número de adesões entre todas as entidades que integram a base da Facieg no interior do Estado.
“A pessoa que fabrica queijo de baru em Niquelândia, por exemplo, tem a chance de transformar um produto local em nacional ou mundial se estiver com seu negócio conectado no mundo digital”, apontou o presidente da Facieg.
Na oportunidade, Márcio Luís informou sobre a realização de uma nova parceria da Facieg, agora com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), para que os filiados da Acin e demais associações comerciais de Goiás possam ser ainda mais capacitadas na logística operacional das vendas por meios virtuais. A primeira reunião nesse sentido, através do Instagram da Facieg, está marcada para o próximo dia 13 de dezembro.
A PALAVRA DA PRESIDENTE DA ACIN – “Antes de qualquer coisa, preciso agradecer ao nosso presidente (da Facieg) Márcio Luis, ao Sebrae e aos membros da nossa diretoria aqui na Acin, que tem me ajudado muito na condução dos nossos projetos e ações. Sobre o Projeto Facieg Digital, tenho certeza que esse casal (Adriane e Rubens, do Sebrae) contribuiu muito com o (comércio) digital de vocês (os empresários presentes no workshop) e, sem sombra de dúvidas, com um desenvolvimento ainda maior das atividades nossa associação comercial”, afirmou a presidente Fernanda Rodrigues Melo.