Niquelândia

Força-tarefa da Polícia Civil apreende 22 celulares em prostíbulos da área central

Delegado de Niquelândia suspeita que familiares de presos compravam aparelhos para tentar infiltrar os celulares dentro da cadeia local

Agentes de investigação Polícia Civil de Niquelândia – lotados na delegacia da cidade e no Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) – realizaram a apreensão de 22 aparelhos de telefone celular de procedência duvidosa na tarde desta quarta-feira (9).

De acordo com o delegado Cássio Arantes do Nascimento, a ação da força-tarefa da PC local focou sua ação em bares conhecidos como pontos de prostituição no entorno do Terminal Rodoviário de Niquelândia, próximo do Setor Central, onde foram cumpridos os mandados de busca e apreensão. Uma porção de crack e outros objetos suspeitos também foram localizados.

Suspeita-se que no local, segundo a autoridade policial, os dados originalmente contidos na memória dos aparelhos com registro de furto/roubo eram apagados e preparados com chips de outras operadoras e também com a instalação do aplicativo WhatsApp (no caso dos smartphones), onde os preços de revenda do produto ilícito variavam de acordo com as funcionalidades de cada aparelho.

Celulares aprendidos em bares onde funcionam pontos de prostituição em Niquelândia: atividade ilícita foi desbaratada pela Polícia Civil (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

“Investigações que nós realizamos levantaram a suspeita de que parentes ou pessoas próximas dos presos recolhidos na cadeia adquiriam os aparelhos nesse local (os pontos de prostituição) para tentar ingressar com os celulares no interior do presídio, possivelmente no dia reservado às visitas no local, de tal forma que seriam usados por eles (os detentos) para empreenderem suas ações delituosas de dentro do ambiente carcerário. Com esse trabalho, estamos impedindo a ocorrência de novos crimes, principalmente o tráfico de drogas e roubos encomendados por esses detentos”, comentou o delegado de Niquelândia.

Normalmente, segundo a autoridade policial, as mulheres dos detentos colocam os aparelhos na vagina ou no ânus para essa tentativa de infiltrar os celulares no presídio local. Mas Cássio prefere não divulgar os casos, para evitar constrangimento às mulheres em situações do tipo.

O resultado obtido nessa ação nos prostíbulos de Niquelândia foi desencadeada dentro da Operação Maio 10, da 10ª Delegacia Regional da Polícia Civil (10ª DRP) de Uruaçu cujo titular é o delegado Rodrigo Pereira.

Viaturas da PC fecharam, literalmente, as entradas e saídas da rua lateral da rodoviária de Niquelândia, onde celulares foram localizados em pontos de prostituição (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

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