Casos de dengue têm queda, mas internações ainda preocupam: 135 pessoas já morreram este ano em Goiás
Um total de 2.684 foram hospitalizadas desde o começo de 2024, enquanto apenas 153 precisaram serem internadas no mesmo período de 2023: gravidade do cenário atual é pior do que o verificado em 2022, segundo a Secretaria Estadual de Saúde
Através da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o Governo de Goiás reforçou o alerta para a dengue, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira/25.
Na oportunidade, a pasta informou que a redução de 22,65% no número de casos entre as semanas 12 e 15 deste ano não impediu o aumento das internações.
Desde o início do ano 2.684 pessoas já foram internadas, enquanto que no mesmo período de 2023 foram 153.
“A queda do número de notificações da dengue não significa redução de internação. Portanto, a população deve redobrar os cuidados com relação à prevenção da doença”, recomenda a superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi.
Segundo ela, nos primeiros sintomas, é importante o paciente procurar as unidades básicas de saúde, as unidades de pronto atendimento, para começar a hidratação correta e as indicações pertinentes o quanto antes.
“Isso possibilita que o caso não se agrave e haja menos internação”, afirmou Amanda.
A gestora lembra que o cenário é também de preocupação diante da ocorrência de chuvas, temperaturas altas, com vírus da dengue e chikungunya em circulação simultânea.
Este ano, foram notificados 240.150 casos de dengue. Desses, 120.193 foram confirmados e 135 mortes registradas.
Outros 150 óbitos por dengue ainda estão em investigação.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, afirma que a gravidade do cenário atual é pior do que o verificado em 2022, quando foram confirmados, no ano todo, 193.782 casos e 182 óbitos pela doença.
Ela ainda alerta que a vacina é o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue como de doenças respiratórias.
“Exatamente pela diminuição do número de pessoas vacinadas nos anos anteriores para gripe e covid-19, por exemplo, que hoje temos esse aumento de casos de doenças respiratórias e de sua gravidade”, pontua.
Atualmente, o percentual de vacinação contra a dengue é de mais de 90%, com aplicação de 148.098 doses enviadas pelo Ministério da Saúde.
“Contudo, temos cerca de 10% de doses disponíveis. As pessoas precisam procurar um posto de vacinação. Lembrando que, para esse lote específico, foi liberada a vacina para pessoas de 04 a 59 anos de idade”, ressalta Flúvia.
INVESTIMENTO – O Governo de Goiás destinou mais de R$ 5 milhões aos municípios para aquisição de medicamentos para o tratamento da dengue e chikungunya. A medida é executada pelo Gabinete de Combate as Arboviroses.
Cerca de 100 cidades com alto e médio risco para as doenças já receberam mais de R$ 270 mil em produtos como soros (cloreto de sódio injetado), dipirona sódica (comprimido, solução oral e injetável) e sais para hidratação.
São enviados ainda repelentes, equipamentos de proteção individuais, materiais impressos informativos e educativos (como banners e cartazes), além de cartões para controle dos casos. [Informações da Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual da Saúde, em Goiânia]