Multas aplicadas pelo Ibama contra vice-prefeito e assessor de prefeito somam R$ 137 mil por desmatamento irregular do Cerrado em Niquelândia
Carlos da Líder foi multado em R$ 44 mil pelo organismo ligado ao Ministério do Meio Ambiente, enquanto o advogado Sandro Rocha recebeu R$ 93 mil de penalização: 136,2 hectares totais de vegetação fora da reserva legal foram cortados, mas ambos ainda podem recorrer administrativamente contra as penalidades
Num intervalo de apenas cinco dias entre o final de setembro e o começo de outubro, duas figuras públicas de Niquelândia foram multadas por desmatamento ambiental em áreas do Cerrado Nativo em propriedades rurais distintas que possuem na cidade do Norte do Estado, num intervalo de apenas cinco dias entre o final de setembro e o começo de outubro.
Um dos autos de infração do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi lavrado no último dia 30 em desfavor do empresário e atual vice-prefeito de Niquelândia, Carlos Roberto Oliveira (União Brasil).
Carlos da Líder, como é conhecido na cidade, recebeu multa de R$ 44.000,00 em função de corte raso de 43,7 hectares de área fora da reserva legal no Sítio Quebra-Pé, sem a devida autorização da Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro) do Ibama.
Na ocasião, o órgão federal deu 20 dias para que o vice-prefeito se manifeste em sua defesa, através da marcação de uma audiência de conciliação para discussões das soluções legais possíveis para o encerramento do processo administrativo.
Quem também foi multado pelo Ibama – com uma penalidade bem mais salgada, de cerca de R$ 93 mil – foi o advogado Sandro Rocha Bernardes Araújo, que hoje exerce o cargo de assessor especial do Gabinete do Prefeito em Niquelândia.
Também de acordo com a Dipro, o auto de infração lavrado no último dia 4 aponta que houve desmatamento irregular em área de 92,5 hectares de vegetação nativa do Cerrado, nas terras do advogado, na região do Povoado Indaianópolis.
A exemplo da penalidade aplicada no vice-prefeito, o documento prevê prazo de 20 dias para que Sandro Rocha agende uma audiência de conciliação com Ibama. Ao site Mais Goiás, ele disse que não havia sido formalmente notificado sobre a penalidade.
Carlos da Líder, por seu turno, disse ao Excelência Notícias que estava fazendo um minucioso levantamento em licenciamentos ambientais que já possui.
Dessa forma, caso a área em questão do Sitio Quebra Pé não esteja efetivamente licenciada, o vice-prefeito tomará as providências legais à regularização da referida propriedade junto ao órgão ambiental.
[Com informações do site Mais Goiás, sob adaptações editorais do Portal Excelência Notícias/Niquelândia]
