Niquelândia

Educação rejeita proposta inicial de Valdeto

Sintego quer discutir parcelamento de atrasados, mas com prazos menores

Em assembleia realizada pela regional Uruaçu do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) na tarde da segunda-feira (2) em Niquelândia, professores da rede municipal de ensino da cidade rejeitaram proposta por escrito apresentada pelo prefeito Valdeto Ferreira (PSB) à regularização dos pagamentos em atraso da categoria.

No documento – que foi lido pela presidente local da entidade Maria Geralda Ferreira aos professores – o Poder Executivo ofereceu que o pagamento do mês de março, encerrado na última semana, seja feito até o próximo dia 15 de abril; que o pagamento do saldo devedor dos município à Educação, dos anos de 2017 e de 2018, seja pago em seis parcelas mensais; e que o restante do saldo devedor de 2016 seja pago em doze parcelas mensais, a partir da quitação da última parcela do acordo proposto para 2017/2018.

De imediato, a categoria mostrou contrariedade com a proposta de pagamento do mês de março em 15 de abril pois isso, segundo Maria Geralda, tal acordo entre os professores e a municipalidade daria a falsa ideia à população de que o município quitou os mês de janeiro e de fevereiro deste ano, como se a folha de pagamento deste ano estivesse rigorosamente em dia, o que não corresponde à realidade.  Para o Sintego – e para vários professores que usaram o microfone para deliberar com os demais colegas – a Prefeitura de Niquelândia precisaria efetivamente pagar o mês de janeiro de 2018 agora em abril e sucessivamente, de abril em diante, os meses faltantes de fevereiro e março.

Com relação aos parcelamentos propostos por Valdeto aos valores ainda pendentes de pagamento em 2016/2017 e 2018, – apesar dos ânimos mais aflorados de alguns professores em querer receber o 2018 de uma vez só – os educadores reconheceram que é praticamente impossível que a Prefeitura de Niquelândia pague duas folhas de pagamento (janeiro e fevereiro) neste mês de abril.

Nesse sentido, ainda que verbalmente durante a assembleia do Sintego, a maioria dos educadores levantou as mãos por uma aceitação prévia da proposta de parcelamento de 2017 e de 2016, mas em número de parcelas menor que o oferecido por Valdeto Ferreira.

Ainda em caráter preliminar, ficou acertado que o número de parcelas para os funcionários administrativos da Educação – que possuem salários menores – será a metade do total de parcelas que for estabelecido para os docentes.

A ex-presidente do Sintego, Suely Novaes, pediu a palavra para alertar os professores sobre os riscos e dificuldades de uma paralisação geral da categoria, o que pode dificultar ainda mais a sequência das negociações com o Poder Público.  De acordo com Maria Geralda, nesta terça-feira (3), a direção do Sintego e os presidentes dos conselhos municipais que fiscalizam a aplicação dos recursos da Educação em Niquelândia vão verificar dados contábeis do município no sentido de que, nesta terça-feira (3), possam apresentar uma contraposta à prefeitura cujo teor, antes de ser levado ao conhecimento do prefeito da cidade, será analisado em nova assembleia na sede do Sintego também nesta terça-feira (3), a partir das 17 horas.

Sintego realizou assembléia em Niquelândia, mas volta a se reunir nesta terça-feira/3 (Foto: Euclides Oliveira)

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