Após tragédias em Mariana e Brumadinho, CBA prepara simulação de emergência com barragens no Macedo
Exercício está previsto para ocorrer em julho do próximo ano - como a quinta e última etapa do Plano de Ação Emergencial (PAE) que a mineradora apresentou na última semana - para prevenir acidentes com seus dois depósitos de rejeitos
Depois dos graves acidentes com barragens de rejeitos de minério de ferro em Mariana (da Samarco, em novembro de 2015) e em Brumadinho (da Vale, no início de 2019) – que provocaram as mortes de mais de 300 pessoas em Minas Gerais – a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) debateu o assunto em Niquelândia, na última semana.
Um exercício simulado de situação de emergência para treinar a população da cidade em caso de rompimento das barragens locais deverá ser realizado em julho do próximo ano.
Como se sabe, na cidade do Norte do Estado, a planta da mineradora no Acampamento Macedo – outrora denominada Votorantim Metais – teve suas atividades de extração e beneficiamento de minério de níquel interrompidas em janeiro de 2016, por força da baixa cotação do preço da tonelada dessa commodity no mercado internacional. Na ocasião, 800 pessoas perderam seus postos de trabalho.
À parte dessas questões, as tragédias nas duas cidades mineiras acenderam um debate, em âmbito nacional, sobre a segurança das barragens em todo o País.
E em Niquelândia, é claro, não foi diferentes, já que a segurança das barragens do Mosquito e do Jacuba se tornaram alvo de questionamentos do Portal Excelência Notícias e da imprensa da cidade do Norte do Estado, de um modo geral.
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL – Nesse sentido, como forma de trazer tranquilidade à população do município, a Comissão Mista da CBA discutiu as ações que viabilizarão o “Plano de Ação Emergencial” em caso de eventual rompimento das barragens que a mineradora possui no Macedo.
Composta por integrantes das áreas de desenvolvimento humano, segurança e meio ambiente, e comunicação da CBA; e por representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do Corpo de Bombeiros Militar/Defesa Civil), a comissão foi criada para reforçar a prática de transparência e diálogo aberto pela mineradora, em tão delicadas questões.
Durante o encontro foram apresentados os aspectos técnicos das barragens e do PAE – oportunidade em quqe a CBA apresentou os padrões de segurança adotados pela empresa – através do sistema de gestão para monitoramento e controle das estruturas.
COMUNIDADES RURAIS – Dividido em cinco etapas, o trabalho o engajamento das comunidades rurais terá início imediato. A primeira providência será o cadastramento de imóveis e da população presente na área de influência direta da barragem, (que abrange às áreas vizinhas à estrutura) tecnicamente denominada “Zona de Autossalvamento (ZAS)”.
ROTAS DE FUGA – Após a conclusão de estudo técnico de uma consultoria especializada, ocorrerá a definição e validação dos pontos de encontro e rotas de fuga do PAE, como segunda etapa dos trabalhos.
Na sequência, prevê-se o mapeamento e análise dos públicos envolvidos. Nessa terceira fase, serão apontadas necessidades específicas para o funcionamento da quarta etapa: os treinamentos para o autossalvamento. Por fim, haverá a realização do simulado, daqui a sete meses.
Segundo a assessoria de imprensa da CBA, a próxima reunião da Comissão Mista está prevista para janeiro, devendo ocorrer em todo o primeiro semestre, conforme o cronograma de implementação das ações.
(com informações de imprensa da Companhia Brasileira de Alumínio/CBA, em Goiânia)